THE DEVIL´S VIOLINIST

The devil-Um filme de contrastes. De repente temos um novelão, um roteiro meia boca, alguns atores fracos misturados a outros bons. Mas uma produção razoável, com boa reconstituição de época. Boas intenções. Uma mistura de qualidade e escassez. Um paradoxo. Que acaba se definindo pelo lado positivo e que é o da música. Meu pai dizia que às vezes um livro valia a pena por uma frase. Pois bem, este é um filme romântico, com pretensões “épicas”. Bem pretensioso, por sinal. Música de fundo empolgante, mas nem sempre convincente, não combina muitas vezes, algumas cenas com ares de pompa, mas que nem sempre causam o efeito esperado…Algo que desconcerta pela mistura de qualidade e defeito. Embora as mulheres e os românticos vão gostar, talvez sem essas restrições… Mas, voltando ao raciocínio, para mim, apesar de tudo, os números musicais compensam qualquer problema e fazem o filme valer a pena. O violino é algo que dilacera a alma quando bem tocado, quando explora as execuções rápidas e os agudos prolongados, emociona profundamente. Isso nos faz fechar os olhos para quaisquer defeitos de roteiro ou interpretação. Esquecer a pretensiosa intenção de contar a vida de Paganini, esquecer das interpretações oscilante do galã e hesitante da mãe de Charlotte, bem como a muito ruim do pai. Visto como um filme romântico de sessão da tarde e com momentos episódicos que mexem com a sensibilidade, é uma boa e até emocionante diversão. Produção ítalo-austro-germânica, de 2013.  7.5