BAAHUBALI
Por mais incrível que pareça, esta é uma superprodução indiana (do ano de 2015, com a segunda parte programada para terminar neste ano de 2016) e que deixa com inveja, em termos de majestade e efeitos especiais, até séries como “Game of Thrones”, por exemplo. O filme é surpreendente e impressiona desde o começo, com suas cores, danças, seus cantos, em uma miscelânia de referências acumuladas do cinema de todas as épocas, misturando até o bom com o mau gosto, mas nos deixando permanentemente em estado de perplexidade e espera. O cinema indiano, é certo, é o que mais produz no mundo todo, para surpresa de muitos. Mas neste caso chegou a um limite realmente notável, impressionante mesmo, trazendo momentos de artes marciais (com efeitos de câmera lenta), da tensão dos grandes westerns, dos heróis épicos e mitológicos, em um mundo de fantasia, cores fantásticas, cenários exuberantes e efeitos especiais que não deixam de primar pela violência, mas com grande criatividade e imaginação, em meio a experiências sensoriais inesquecíveis. A riqueza cultural está presente em um domínio que já se revela invejável da técnica e que mistura romance, ação, aventura, sensualidade, fantasias das mil e umas noites, intensas coreografias e uma explosão na tela de cenas que parecem cada vez mais atingir limites improváveis. É caso, então, de mergulhar na fantasia, de se deixar levar pela magia da aventura e das imagens, e pelos vários momentos de comunhão entre a ação, a fotografia e a trilha sonora, que criam emoções intensas, em magistrais cenas coreográficas… e quem já estiver surpreso com o ritmo e o desenrolar do filme, com seu acabamento primoroso, prepare-se para a parte final, quase inconcebível, e para ver no desfecho a definição superlativa sobre as diferenças que, afinal, vão definir e separar o homem que se forjou soldado, daquele que nasceu para ser rei. Uma viagem e tanto! 9,0