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ATRAÇÃO FATAL

Este é um filme de 1987 (portanto, de há 34 anos) que visto hoje ainda causa impacto. Na época, então, foi uma verdadeira comoção, em razão de sua temática forte, de cenas memoráveis (algumas antológicas, como a do coelho e as finais), dos próprios papéis masculino e feminino abordados (e terceira pessoa) e das interpretações, principalmente de Glenn Close, que aqui talvez tenha desempenhado o seu maior papel no cinema: ela está simplesmente magistral! Inobstante isso e a opinião geral, surpreendentemente e em um dos maiores absurdos da história do Oscar, o prêmio de melhor atriz foi para Cher, pelo filme Feitiço da lua. Inexplicável e nem vale a pena perder tempo com isso, pois certamente se tratou de uma manobra meramente política, pois o merecimento era de Glenn Close, sem qualquer sombra de dúvida. Seu parceiro no filme foi o aqui ótimo Michael Douglas, que ganhou o Oscar naquele ano de 1988, mas por outro filme em que brilhou: Wall Street. Mas ainda sobre interpretações, a atriz Anne Archer concorreu ao Oscar de melhor coadjuvante. Na verdade, o filme concorreu aos Oscars de Filme, Atriz, Atriz coadjuvante, Roteiro adaptado, Montagem e Diretor e não ganhou nenhum. O diretor, ótimo também, foi Adrian Lyne, responsável, entre outros, pelos filmes Flashdance, Nove e meia semanas de amor (dois anos antes deste), Lolita e Proposta indecente. Este filme causa realmente várias emoções no espectador, que acompanha fatos aparentemente sem consequência, mas que vão redundar em desdobramentos inesperados. O suspense e a tensão são ótimos, tudo é muito bem calibrado e repentinamente um drama comum passa a ter contornos de filme de suspense, policial ou até de terror. É considerado por alguns como um grande destaque na história do cinema. Por outros, entretanto, como meramente novelesco. Na verdade, as duas correntes estão parcialmente certas, mas o filme certamente tem muito mais qualidades do que defeitos e merece ocupar um lugar bem destacado dentro do gênero.  8,8