Este é um filme produzido em 2018 e dirigido por Richard Shepard, com muito suspense e com toque macabros e de terror (também psicológico), embora com doses homeopáticas de romance e sensualidade. Muitos, parecidos com ele, já foram e são feitos, mas os importantes diferenciais deste o singularizam e o colocam em posição bem acima da média dentro do gênero. A produção é muito boa (som, trilha sonora, cores, cenários…), o elenco, o suspense é permanente e eletrizante (com ótimas cenas, como a do ônibus) e há algumas surpresas na cartola, que justamente tornam o filme diferente do usual. É também dividido estrategicamente em atos e aparentemente seu tema é a competição (tendo como foco o violoncelo e o virtuosismo), embora traga outros ingredientes a mais e que parecem brincar com o espectador -mantendo com isso o interesse permanentemente-, até a revelação da história toda em seu final, culminando na última e bizarra cena. E então se conclui realmente que a conotação é bem maior e mais ampla do que o esperado. Muito boa também a atuação de Allison Williams (Girls, série da HBO), Logan Browning (Bratz, o filme) e Steven Weber (Wings, NCIS New Orleans), sendo que, pelo que se observa, Williams deve ter estudado bastante o cello para poder filmar determinadas cenas, que, embora curtas, exigem uma performance realista de sua intérprete. Mais uma boa produção Netflix e que os fãs deverão apreciar bastante. 8,0
