A MÚSICA SEGUNDO TOM JOBIM
Na apresentação do filme somos brindados com cenas belíssimas e nostálgicas do Rio antigo (1958), emolduradas pela música de Tom e daí para a frente é um número generoso de cenas de shows e encontros, envolvendo Tom Jobim, suas músicas, seus parceiros e seus intérpretes, ao longo de sua vida e carreira. Com roteiro de Miúcha Buarque de Holanda e Nelson Pereira dos Santos, direção deste último em parceria com Dora Jobim e direção musical de Paulo Jobim, trata-se não de um filme propriamente dito, mas de um documentário, na verdade “colagens” de momentos musicais. Essa opção formal, além de mostrar a qualidade do trabalho de Tom (com músicas e parcerias históricas), serve na verdade como um tributo à força, dimensão e importância desse extraordinário músico e maestro, tido como um dos maiores compositores da história da música universal, desfilando na tela um verdadeiro e emocionante elenco de talentos e celebridades que tocaram junto com Tom ou cantaram/executaram suas obras: Elizeth Cardoso, Maysa, Sílvia Telles, Agostinho dos Santos, Gal Costa, Elis Regina, Bebel, Nara Leão, Miúcha, Milton Nascimento, Chico Buarque, Adriana Calcanhoto, Nana Caymmi, Henri Salvador, Frank Sinatra, Dizzy Gillespie, Gary Burton, Gerry Mulligan, Ella Fitzgerald, Stacey Kent, Sammy Davis Jr., Errol Garner, Judy Garland, Oscar Peterson, Diana Krall, Sarah Vaughan,, entre outros e, claro, Vinícius de Moraes. O filme termina mostrando Tom desfillando pela Mangueira e por fim a frase de sua autoria, que justifica a forma escolhida: “A linguagem musical basta”. 8,5
- Peter O’Toole em o homem de la mancha;