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A MARCA RUBRA (BRANDED)

Um faroeste injustamente esquecido ou pelo menos não tão divulgado quanto mereceria, feito em 1950 e protagonizado pelo eficiente Alan Ladd, que em três anos estrelaria o clássico Os brutos também amam (Shane) e em alguns ângulos lembra vagamente – e com vantagem, ou seja, a versão clean – Robert Mitchum. Também participam do filme Mona Freeman, Charles Bickford, ator bastante conhecido em várias produções e o diretor é Rudolph Maté, mais conhecido pela sua qualidade de fotógrafo, o que, por sinal, vale como um ingrediente a mais desta produção. Este é um western diferente porque mais psicológico do que de ação e com uma temática contendo importante dilema ético-moral. Seu bom desenvolvimento faz manter o interesse até o final, embora existam algumas inconsistências que o impedem de ter o brilho que poderia: é inconcebível, por exemplo, o filho do chefe ser raptado por um bandido e na fuga ser alvo de tiros do seu próprio bando; e em sua parte final as coisas de repente parecem apressadas e certinhas demais, sem as necessárias conexões, quebrando o andamento anterior. Mas esses elementos negativos acabam na verdade se perdendo em meio aos seus méritos, que são bem maiores, principalmente no que se refere à questão da consciência moral, que se torna o ponto cardeal da trama, em uma história que, afinal, diverte e também emociona. 8,5