UM HOMEM DE FAMÍLIA

O roteiro não é original, mas a maneira de contar a história, sua leveza, ritmo e a empatia da dupla central fazem bem e mexem com as emoções, tendo como decorrência o grande sucesso que fez esta comédia americana na época (2000) e mesmo a cada vez que é reprisada. Pois, na realidade, é daqueles filmes que tocam o coração e que também fazem rir, envolvendo valores humanos e, portanto, daqueles que se costuma ver mais de uma vez. As questões colocadas aqui basicamente dizem respeito às escolhas que temos na vida e as consequências dessas opções, pois, como sabemos -e é tema de filmes como A insustentável leveza do ser-, ao seguirmos uma escolha, nunca saberemos o que teria ocorrido se tivéssemos escolhido diferente. Aqui, a fantasia se constitui uma premissa básica para se descontrair e se deliciar com a história, que deixa no final bons e até reflexivos sentimentos. Um filme sentimental, engrandecido pelo carisma de Téa Leoni e Nicholas Cage, embora haja outros nomes conhecidos no elenco (Don Cheadle, Saul Rubinek…).  8,5