JUDY
Judy Garland, que ficou famosa também por ser mãe de Liza Minelli, ficara mais famosa quanto adolescente (17 anos), por interpretar Dorothy em O mágico de Oz\. Trinta anos depois, como uma espécie de resgate de seu talento, após filhos e quatro casamentos, ela resolve enfrentar o desafio de alguns shows no país que também a amava muito, além dos EUA: a Inglaterra. E o filme é centrado nesse resgate e nesses espetáculos, como tudo o que se relacionou com essas apresentações, incluindo problemas com a guarda dos filhos, novas relações, medicamentos, uma difícil etapa de sua vida e carreira… Trata-se de uma personagem complexa, porque carregou a vida toda vários traumas que o filme revela (e denuncia) e que ocorreram durante a produção justamente de O mágico de Oz pela MGM, problemas esses todos vinculados e derivados dos atos abomináveis e tirânicos do poderoso dono do estúdio, o famoso e intocável Louis B. Mayer. As marcas permaneceriam pela vida toda da artista e isso o filme deixa absolutamente claro. Vários filmes já foram produzidos a respeito da vida tumultuada de inúmeros artistas, apogeu e decadência, êxtase e agonia etc. Este filme tem, porém, dois diferenciais: primeiro, o seu final é espetacular e extremamente emocionante, seria spoiler revelar o porquê; segundo, a atuação de Renée Zellweger é fabulosa. Tanto, que é séria candidata a ganhar o Globo de Ouro neste dia 5 de janeiro à noite e quase que certamente também será indicada ao Oscar, concorrendo da mesma forma com excelente chance de vitória. 8,7