A MORTE DE STALIN

Um jeito criativo e diferente de contar um capítulo da história russa, envolvendo particularidades e humores do Partido etc, basicamente concentrado no estado de coisas reinante no governo Stalin e o caos que se seguiu à sua morte em razão das aspirações e conspirações/estratégias políticas. O nome do filme já relaciona os fatos e a época (meados do século 20), tratando-se naturalmente de evento histórico de grande significado e repercussão. E é uma maneira diferente de contar os fatos, porque o filme não é simplesmente um drama histórico, mas uma sátira política, apresentando momentos alternados: ora permeados de seriedade (até com algumas cenas incômodas), ora de humor negro. Tem altos e baixos, mas predomina a qualidade e a diversão (com alguma cultura histórica), ótimo ritmo e direção de Armando Iannucci, que teve ao seu dispor um elenco absolutamente coeso, com destaque para Steve Buscemi, Jeffrey Tambor e o excelente Simon Russell Beale. Na última cena, quando Khrushchev assiste a um espetáculo, recebe um sutil e extremamente significativo olhar de alguém da fila de cima: nada mais, nada menos que Leonid Brezhnev.  8,0