THE NIGHT HOUSE (A CASA SOMBRIA)
A atriz Rebecca Hall já atuou em bons filmes, inclusive de Woody Allen (Vicky, Cristina, Barcelona), sendo de certo modo uma referência para algo que parece à primeira vista como “mais uma produção” igual a dezenas das de suspense que andam por aí. Mas que, afinal, acaba se revelando acima da média e ela é um dos principais motivos para que isso ocorra, pela excelente e versátil atriz que é, valorizando bastante este thriller tenso e muito bem montado e dirigido por David Brucker (Sereia), outras duas virtudes do filme. A trilha sonora é excelente e mesmo fundamental, pontificando com muita intensidade os momentos de tensão e mantendo-a ao longo de todo o filme, que também tem efeitos especiais muito bem elaborados e que impressionam. Na verdade o suspense é muito bem construído e o enredo conduz o espectador a labirintos, sobressaltos e um ou outro susto capaz de causar o famoso pulo na cadeira. As cenas são lentas e por isso também assustadoras, criando um efetivo clima de terror psicológico, que envolve fatos sobrenaturais e que ficam latentes de explicação. E justamente aí está o problema do filme: a par de toda essa qualidade em provocar e manter o suspense-horror, os referidos aclaramentos acabam não vindo como deveriam, com lucidez ou pelo menos coerência. Embora os fatos ocorram em um crescente de tensão e gerem uma expectativa plausível de serem dissolvidas todas as dúvidas, isso não ocorre satisfatoriamente e o espectador ao final permanece confuso, com vários pontos obscuros e interrogações. Aos quais apenas se incorpora a interessante e provocativa frase final. 8,0