O DESTINO DE UMA NAÇÃO (DARKEST HOUR)

Com Kristin Scott Thomas e Lily James, entre outros, e dirigido por Joe Wright (Orgulho e preconceito, Desejo e reparação, Anna Karenina, Hanna…), este filme enfoca a situação da Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial, quando do domínio tirânico e invasão feroz e progressiva da Alemanha, colocando em risco toda a Europa e na iminência de atacar a famoso império britânico – após a subjugação da França (importante no filme o evento de Dunkirk, que é o tema do filme do mesmo nome). Dentro de tal contexto, a figura do Primeiro-Ministro Winston Churchill assume um papel fundamental de prestígio e comando, inclusive nas articulações e decisões de guerra, situações que encontrariam o seu ápice no momento da vital decisão, sobre tentar-se uma negociação de paz com Hitler (com intermediação de Mussolini) ou aguardar-se o poderoso e imprevisível (talvez nem tanto) ataque. O filme é bem produzido, tem ótimas cenas – pelo menos uma especialmente emocionante (que é a do Metrô) – talvez exagere um pouco no “heroísmo” de Churchill, mas o seu mérito maior, além de retratar acontecimentos marcantes da história da humanidade, é mostrar esse complexo personagem tanto em suas facetas mais favoráveis, como nas fraquezas, o que o humaniza e o aproxima das massas que tanto o admiraram e reverenciaram. E pelo que o filme mostra, com plena razão. E quem tem a missão de se transformar no próprio filme, com a qualidade de seu trabalho – da qual se desembaraça com total desprendimento -, é o ator Gary Oldman, talvez não devidamente valorizado por suas atuações em filmes anteriores, mas que aqui certamente apresenta um memorável desempenho, pelo qual deverá receber a recompensa merecida no Oscar de 4 de março próximo, o que simplesmente confirmará os prêmios que já vem acumulando desde o ano passado, com destaque para o Globo de Ouro, o Critic Choice Awards e o SAG Awards.  8,8