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GETÚLIO

getuklioGetúlio Vargas foi líder civil da Revolução de 1930, figura política de inegável importância histórica para o país (na criação de direitos trabalhistas e da CLT, inclusive) e que protagonizou um fato extraordinário: o de ter governado durante 15 anos (até 1945), os últimos como presidente-ditador, ter saído do governo e depois retornado pelo voto popular. João Jardim dirige este filme estrelado pelos ótimos Tony Ramos, Drica Morais e Alexandre Borges, entre outros. A história enfoca os dias que precederam a morte de Getúlio (isolado no Palácio do Catete, Rio de Janeiro, na época a capital do Brasil), tentando recriar o momento político e esclarecer o quanto possível os fatos e as dúvidas. Os méritos do filme são o clima tenso – graças à edição (ritmo) e à trilha sonora -, com ares de documentário investigativo e  tentar esclarecer algumas lacunas que ainda permanecem hoje, notadamente quanto aos fatos que envolveram o atentado contra o polêmico jornalista (e depois Deputado Federal no governo de Juscelino) Carlos Lacerda, que foi o estopim dos fatos. Apesar desses méritos todos, alguma coisa falta no roteiro ou na própria direção, que não deixa o filme emplacar com uma qualidade maior, ficando a sensação de que poderia ser melhor e mais emocionante. Pena, mas mesmo assim é um bom filme e para quem não conhece a história uma proveitosa aula, pelo menos para estimular a pesquisa complementar.  7,5