SANGUE DA TERRA (BLOWING WILD)

O título deste faroeste de 1953 se refere ao petróleo, cuja extração ainda estava no pioneirismo – e com alguns “barões” -, mas já boa escala em algumas localidades, no final do século 19, quando a modernidade já invadia, inclusive com veículos a motor, o mundo dos cavalos e bandoleiros. Dirigido por Hugo Fregonese, diretor argentino de poucas produções, o filme tem alguns bons instantes, mas no todo é apenas um drama (western, que seja) regular, que não emociona muito, nem arrebata tanto quanto poderia. Contudo, tem como virtude principal a reunião de três ícones de Hollywood, que sempre vale a pena ver atuar: Gary Cooper, Barbara Stanwick e Anthony Quinn, este ainda no começo de sua carreira (segundo ano). O trio merecia uma obra muitíssimo melhor! E além deles também atua no filme Ruth Roman, uma bela atriz e bastante frequente em filmes da época, inclusive junto com o próprio Cooper (Vingador impiedoso), além de outros parceiros ilustres, como James Stewart, Randolph Scott, Kirk Douglas, entre outros. O filme não tem um ótimo desenvolvimento, é bastante superficial em muitos pontos, mas tem um quê de original, alguns bons momentos passionais e de ação (as cavalgadas da protagonista impressionam pela destreza e pela filmagem), sua história se passa na América do Sul, tem o imponente elenco e ainda uma trilha sonora marcante, inclusive cantada, homenageando a personagem feminina, Marina (Stanwyck, aqui em um papel bem antipático). Vale pelo conjunto e predomínio dos pontos positivos. 7,9