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LE CHANT DU LOUP (ALERTA LOBO)

O título do filme se refere a um termo usado pelos tripulantes de submarinos. Porque é importante no enredo e também porque este é um drama de ação que transcorre no universo dos submarinos (inclusive com carga nuclear), concentrando-se em muito no perigo de ataques nucleares, no caso envolvendo a França, a Rússia e suas respectivas força naval e bélica. Grande parte da história se passa dentro de submarinos e o clima é de grande tensão, destacando, em um mundo no qual tudo se identifica pelo som (fundo do mar), a função do operador técnico cuja missão é trabalhar com sensíveis fones de ouvido e captar os menores sons, para localizar não apenas os eventuais perigos, mas também os inimigos, já que os submarinos têm a capacidade de simplesmente “desaparecer” quando conveniente, ou seja, ficar em uma condição de silêncio absoluto e imunes a qualquer localização por sonar. Essa função é primordial em casos específicos e no filme o personagem tem um dom especial, uma espécie de ouvido absoluto. O filme apresenta muitas situações padronizadas no cinema (“toque” americano, quase inevitável…), porém mostra também conflitos interessantes, quase insólitos, discutindo principalmente protocolos de procedimentos em casos vitais. É um ponto forte do roteiro, da mesma forma que seu clima permanente de tensão e até quase insuportável em alguns momentos (ótimo elenco e extremamente bem dirigido por Antonin Baudry. Tudo embaixo d´água se guia e se resolve pelo som e é impressionante como a partir de um fato determinado se pode ter consequências tãp imprevisíveis, quanto grandiosas. O ator mais conhecido é Omar Sy (Intocáveis), mas François Civil também tem aparecido em vários filmes (Amor à segunda vista…). Para quem gosta do gênero, imperdível. Para os demais, ótima diversão ainda assim.  8,7