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EMMA

Uma nova e muito feliz adaptação do romance de mesmo nome de Jane Austen (originalmente já em tom de comédia), publicado pela primeira vez em 1815. Um delícia essa nova roupagem, onde prevalecem o humor irônico (acentuando a hipocrisia social e o caráter da própria protagonista) e a impagável trilha sonora da inglesa Isobel Waller-Bridge como fios condutores do enredo. A atriz Anya Taylor-Joy, também peça vital e que apesar de jovem já tem vários prêmios, constrói de forma adorável e irresistível a “hábil manipuladora” (casamenteira?) Emma Woodhouse, que o site “Adoro cinema” (baseado em letra de música do filme) muito bem definiu como uma “abelha rainha inquieta sem rivais em sua pacata cidade”. O filme é diversão garantida e além de leve é muitíssimo bonito, com paisagens, ambientes e figurinos impecáveis (direção de arte e fotografia excelentes !). Somado a isso, os diálogos saborosos (cínicos em profusão) e o equilíbrio do elenco –que conta também com o muito engraçado, por natureza, Bill Nighy- tornam tudo muito prazeroso e uma excelente diversão, de modo que mesmo se conhecendo a história (ou se adivinhando…) ao final haverá aquela satisfação que só os bons filmes conseguem proporcionar.  8,8