ÁRVORE DO SANGUE
Um filme espanhol Netflix que no início é um pouco difícil de entender, porque mistura épocas e personagens diversos, que se entrelaçam direta ou indiretamente. Trata-se de um casal que resolve escrever a história da família e com isso somos conduzidos constantemente ao passado, em meio a diversos personagens, segredos, confissões dolorosas e muitos dramas. O filme tem uma excelente direção (Júlio Medem, de Lúcia e o sexo, que também é o roteirista), fotografia, trilha sonora e interpretações, sendo estrelado por Úrsula Corberó (a Tokio, de Casa de Papel), Joaquim Alejandro Furriel e Álvaro Cervantes, entre outros e os comentários sobre ele são os mais polêmicos. Primeiro pela forma de contar a história e os vários detalhes importantes ou não, que são abordados; segundo, pela complexidade do roteiro, principalmente no início da história. Entretanto, eu faço parte dos que ficaram fascinados com o filme, mesmo parecendo fragmentado às vezes, ficando ansioso pelos desdobramentos e sentindo grandes emoções em vários trechos, principalmente na parte final da história. O filme tem de fato cenas que parecem estar meio dispersas, uma ou outra falta aparente de conexão, situações com aroma novelesco, mas o seu todo é muito mais do que meros defeitos: é uma obra forte, de fôlego, com permanente erotismo (as cenas de sexo são quentes, embora de bom gosto), interessante e para quem tiver dificuldades de compreensão, no final a paciência será recompensada, pois então os fatos vão se aclarar e precipitar momentos de intensa emoção até a cena final, embora o desenlace para alguns não seja o que moralmente seria de se esperar…ou aprovar. 8,8