A GUERRA DOS SEXOS

Valendo-se de um famoso episódio envolvendo a campeã americana de tênis, Billie Jean King, os mesmos cineastas de A pequena Miss Sunshine abordam aqui – parecendo não movimentar bandeiras, porém -, de forma leve e divertida, questões envolvendo a igualdade de gêneros. No caso, o estopim – já que o filme é baseado em fatos – foi o prêmio destinado ao vencedor masculino de um torneio, comparado com o atribuído à vencedora feminina (o masculino em valor 8 vezes maior). Os anos 70 parecem estar de volta, com  aquele clima todo, ambientes bem retratados, bem como as fortes cores feministas, neste drama-comédia que resgata todo aquele clima machista já conhecido, mostrando a luta das mulheres pela subida dos degraus de separação e a resistência masculina. E um jogo de tênis acaba sendo o símbolo de tudo, dando inclusive nome ao filme. Aqui, ou seja, a reconstituição do jogo de 1973, foi o único ponto de que não gostei muito (achei meio “capenga”). Mas o filme vai além dessa “guerra entre homens que querem manter as mulheres cuidando da casa e mulheres que desejam se igualar aos homens”, explorando importante questão sexual paralelamente (e praticamente insolúvel naquela época), tema que pode ser sintetizado naquilo que o personagem (ótimo) de Alan Cumming diz no ouvido de Billie Jean, ao lhe dar o abraço de boa sorte. Também participam do filme, entre outros, Bill Pullman e Elisabeth Shue. Quanto aos protagonistas, Emma Stone e Steve Carell, concorrem, respectivamente, a Melhor Atriz Comédia/Musical e Melhor Ator Comédia/Musical no próximo Globo de Ouro (7/1/18).  8,2