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Drh4pWjUm filme que começa meio indefinido quanto à qualidade, mas que vai se firmando pelos vários enfoques, pelo roteiro que acaba prendendo o interesse e pela ótima interpretação do ator Patrick Wilson (da série A gifted man), que aprofunda o personagem e acentua seu drama, em um abismo até inesperado e muito bem construído, de duplicidade e obsessão (aqui, o título do filme é perfeito !). Com o tempo, o filme passa a ter o drama aliado ao suspense e o roteiro se torna imprevisível, o que o valoriza ainda mais. A esposa do personagem é interpretada pela atriz Lena Headey, que faz a Rainha Cersei na série Game of Thrones e também é ótima: uma bela atriz, nos dois sentidos. Um filme que acaba realmente surpreendendo, mostrando os bastidores da política, do poder e ao mesmo tempo questionando valores, principalmente quando envolvem o homem público e os limites que o diferenciam do cidadão comum, o qual aos olhos e expectativa do povo não precisa se portar como um herói. O filme questiona valores, mostra o papel da imprensa no mundo de hoje, a importância do sexo sob vários prismas. E no fim, faz parecer sobressair a condição humana, a despeito de qualquer outra coisa. Direção excelente da americana Mora Stephens, com pouca experiência na área mas já demonstrando a que veio.  8,0