Um filme francês de 2013 que tem seu encanto e suas emoções. Seu mérito é ser absolutamente simples e sua singularidade é mostrar apenas um acontecimento e de uma maneira que nem parece que estamos vendo um filme e sim a vida real (inclusive pelas conversas simultâneas e a câmera tentando ficar atenta a todas). Trata-se de uma grande família francesa (mas até parece italiana em alguns momentos), composta por avós, tios, tias, netos, primos etc., encontrando-se (e reencontrando-se) em um final de semana na Bretanha para comemorar um aniversário (no campo e em parte na praia). Todas aquelas conversas, brincadeiras de primos, diferenças de temperamento, conflitos que formaram com o tempo e que de repente surgem, os tipos que destoam um pouco da harmonia, a educação dos filhos, a relação entre as crianças,o aprendizado, inclusive com a natureza, o amor familiar…tudo, sob a “simpática e quase inexistente sombra” do Skylab, pois os fatos ocorriam enquanto na TV se anunciava que o famoso laboratório espacial iria cair na Terra, podendo ser em qualquer lugar. Nada fora dos clichês das “reuniões familiares” de antigamente (por isso cada um vai se identificar em alguma ou algumas coisas, como ao ver um velho álbum de família), mas conduzido/dirigido com muita sensibilidade por Julie Delphy, que também atua. 7,6
