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PROMETHEUS

Para quem gosta do gênero ficção-científica, uma bela e majestosa obra e que inclusive permite filosofar bastante sobre o evolucionismo, o criacionismo e por aí adiante, até porque Prometeu (o nome da nave) foi um Titã que veio à Terra e fez da água e da argila o homem, para ser superior às outras espécies, dando-lhe todo o ensinamento e inclusive o fogo, com isso contrariando a vontade de Zeus. Para os fanáticos pelo gênero, um filmaço, um marco dos últimos anos no gênero e que não nos deixa tirar os olhos da tela. Os efeitos especiais e tecnológicos são de babar e realmente no cinema de hoje basta alguém conceber, que as empresas especializadas em efeitos realizam. Neste caso, realmente um prazer visual (tela grande, 3-D) e também sonoro. Mas o roteiro também é muito interessante, na velha história que se repete (e que teve um grande momento no final do filme Blade Runner, do mesmo diretor): quem somos, de onde viemos??? Ridley Scott repete aqui, com maior abrangência, muitos elementos de seu primeiro sucesso, Aliens, inclusive o mesmo tipo de ação e de perigos, acrescentando alguns elementos novos e fascinantes. Mas mesmo com muitas coisas já vistas (alguns cenários parecem repetitivos em relação aos filmes anteriores), o filme mantém o interesse, com muita ação e suspense. Charlize Theron faz um papel diferente dos que costuma fazer no cinema, mas não decepciona. Colocando o gênero da ficção de lado e analisando como obra, porém, o filme é agradável, embora recaia em alguns clichês irritantes do politicamente correto (o que é inevitável no cinemão americano), por exemplo o heroísmo do japonês e do negro, a coragem sem limites em nome de um ideal, o personagem que parece e pensa como ex-presidiário (tatuagens etc.), e isso em uma nave espacial…e a exemplo da primeira versão do Blade Runner, na minha opinião, o filme deveria ter acabado na penúltima cena. Mas é uma ótima diversão, sem dúvidas.  8,5