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DOENTES DE AMOR

Esta é uma comédia dramática que até certo momento mostra fatos não muito diferentes dos que costumamos ver nos filmes do gênero, não apresentando grandes novidades, embora desde o primeiro momento deixe claras as suas virtudes como produção caprichada em todos os seus ingredientes. Entretanto, de um ponto em diante, o filme aprofunda questões e sua dinâmica se torna mais abrangente e complexa, então se afastando do trivial. Mérito do ótimo roteiro, do qual é co-autor Kumail Nanjiani (da série Silicon Valley), o ator principal do filme: roteiro que inclusive está concorrendo ao Oscar (Melhor roteiro original), o que não é muito comum para comédias. Além do roteiro e da direção (Michael Showalter), todo o elenco é muito bom (Holly Hunter, Zoe Kazan, Ray Romano…) e o filme vai amadurecendo, confirmando a necessidade da primeira parte (mais banal) para dar consistência à segunda. De todo modo, afinal, toda a história se harmoniza muito bem e com o mérito da verdade e da simplicidade. As emoções surgem de forma natural e a leveza bem mesclada com os conflitos sociais que são abordados faz com que seja um programa bastante prazeroso. 8,7