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COLUMBUS

Atenção: esta obra pode ser enquadrada como “filme de arte”, o que já diz bastante coisa. O filme é todo arquitetura, todo estética, ressaltando linhas e formas. Em certas cenas parece até um documentário reverenciando os arquitetos e as suas obras. Mas não é documento e sim uma história normal (porém meio “quadro a quadro”…), de qualidade, envolvendo personagens e relações, a partir da doença de um famoso arquiteto, fato que provoca a vinda de seu filho, da Coreia aos Estados Unidos. As cenas nos conduzem pelo mundo do equilíbrio visual tanto externo (edifícios, obras, a própria natureza…), quanto interno (o interior das residências, sempre com muita atenção à simetria), sendo a arquitetura o objeto visual e temático. Além do impacto com as imagens – obsessivo com as formas -, encanta-nos também a graça e o talento da atriz Haley Lu Richardson, além de nos sentimos curiosos pelo desenlace da história. Pelo tema, pelo ritmo e pelo estilo intimista/contemplativo, o filme pode realmente não agradar muita gente, mas não há dúvidas quanto à sua originalidade e quanto a ter sido idealizado e realizado com sobras de requinte, sensibilidade e inteligência.  7,8