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Filme de 2011 (produção Reino Unido, França e Áustria) dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, cineasta premiado de “Cidade de Deus”, “O jardineiro fiel” e “Ensaio sobre a cegueira”. Aqui são várias histórias e vários dramas de personagens, com encontros e desencontros. Esse estilo não é original e oferece bastante risco por ser muito difícil manter o equilíbrio entre todos os fragmentos. E é o que ocorre em alguns momentos, onde se sente que alguns dramas são menos bem explorados que outros. Mas isso não é o que predomina no filme. No balanço final é um filme interessante e que pelas mensagens que passa deixa um saldo positivo. Dentro do universo cosmopolita que o filme mostra, extrai-se que sempre pode existir a chance do recomeço, que deve fazer parte do Homem a esperança, mas que a vida é curta e é duvidoso termos outra chance que não a de agir quando a oportunidade aparece, em busca de felicidade. Ou, nas palavras ditas no filme, atribuídas a um sábio: “se há uma bifurcação na estrada, pegue-a”. O filme mostra os “ruídos” de comunicação que amargam a civilização contemporânea e tem até certa dose de ação, embora seu foco sejam efetivamente os relacionamentos. Muito boa a história que Anthony Hopkins conta ao grupo, envolvendo a filha que gostaria de reencontrar, narrando o que um padre lhe disse ao ser perguntando sobre qual a reza mais curta que existe: “a reza mais curta que existe é f…se”. O elenco é muito bom, tendo também, entre outros, Jamel Deouze (de Amèlie Poulin), Rachel Weisz e Jude Law. Gostei da trilha sonora e achei o título do filme excelente.  7,8