Este filme recebeu inúmeras indicações para prêmios de Cinema deste início de 2014 (entrega em janeiro): Globo de Ouro, Sindicato dos Produtores de Hollywood (Producers Guild Award) e Sindicato dos Atores (SAG Awards). Certamente logo virão as indicações ao Oscar. Porque o filme tem todos os ingredientes que a Academia adora: é histórico, toca em cicatrizes antigas do país (a escravidão), baseado em história real, em livro escrito pelo próprio personagem, negro, que viveu um drama pesado e insólito, sendo muito bem produzido em todos os sentidos, com ótimas atuações e ainda por cima produzido pelo queridíssimo Brad Pitt, que também atua em algumas cenas, dirigido pelo britânico Steve McQueen (Shame) e com a forte participação do também queridinho Michael Fassbender (ótimo ator, inclusive em Shame). Mas, mesmo com tudo isso, não vejo novidade: é a velha história, apenas com uma roupagem levemente diferente: o tema já foi batido dezenas e dezenas de vezes antes, foram inúmeros filmes vistos com as mesmas características, os mesmos fatos…é que os americanos estão sempre tentando purgar seus pecados e por isso sempre que podem os revisitam. Para mim, não ganharia prêmio algum, mas não acharia injusto um Oscar de ator ou atriz coadjuvante. Entretanto, claro, antevejo uma porção de prêmios, embora saiba que muitos vão discordar desta análise e reconheça que, pelo tema e pelo conjunto todo (mídia etc.), é um “inimigo” difícil de ser vencido. Assim, resta aguardar para ver quantos prêmios vai ganhar. E deixo, por fim, bem claro: não achei ruim o filme. Só não vi nele nada de novo. 7,0
